• 26 abr 2017

    Viva a greve geral de 28 de abril!

26 de abril de 2017

Abaixo as reformas antinacional e antipopular de Temer!

Ou derrubamos as reformas da previdência e trabalhista, ou pagaremos caro com nossas vidas e a de nossas famílias. Ou enterramos as reformas antinacional e antipopular do governo golpista, do Congresso Nacional e da burguesia, ou o capital estrangeiro se apossará ainda mais da economia brasileira. Ou derrotamos a política de reformas do governo Temer, ou a classe operária, a classe média urbana empobrecida, os pequenos camponeses e a juventude serão sacrificadas. Ou enfrentamos o governo e os exploradores com greves, manifestações, bloqueios e com todos os meios da ação direta coletiva, ou a ditadura de classe da burguesia esmagará a maioria nacional oprimida. Essa é a situação em que se encontra o País e a imensa população trabalhadora.

Estamos mais do que atrasados em nossa união, a união de todos os explorados, dos pobres e dos miseráveis. Uma poderosa greve geral mostrará como de fato o Brasil está dividido. De um lado, estão os banqueiros, os industriais, os latifundiários, os grandes comerciantes, seus governos, seu Congresso Nacional e seus partidos. De outro, os operários, os camponeses e a classe média urbana pobre. De um lado, estão os exploradores que querem ferrar com nossa aposentadoria e com nossos direitos trabalhistas. De outro, os explorados que se matam de trabalhar por um salário de fome, que vivem acossados pelas demissões e sofrem com o desemprego. De um lado, os ricos que ficam cada vez mais ricos. De outro, os pobres cada vez mais pobres. Trabalhadores, vamos unidos à greve geral! Vamos defender nossa aposentadoria! Vamos defender nossos direitos trabalhistas!

O governo golpista de Temer mente. Diz que aumentará a idade e o tempo de contribuição para o trabalhador se aposentar porque assim garantirá o pagamento da aposentadoria. A verdade é que produzimos em nossas vidas riquezas capazes de nos aposentar várias vezes. Os capitalistas que nos exploram lucram imensamente com o que produzimos coletivamente. Quantos de nós poderão se aposentar? Muitos amargam o desemprego. Temos nossos empregos interrompidos de quando em quando. Não temos estabilidade. Hoje, recebemos um mísero salário. Amanhã, estamos desempregados. O que acontece com os treze milhões e quinhentos mil desempregados de hoje? Amanhã, seremos um exército de desempregados ainda maior. Temos de dizer: GREVE GERAL EM DEFESA DA APOSENTADORIA. Lutamos por uma idade mínima menor e um tempo menor de contribuição.

O governo golpista de Temer mente. Diz que com a terceirização, com os contratos de trabalho precarizados, com a possibilidade dos patrões reduzirem a jornada reduzindo os salários, com os contratos por tempo de trabalho determinado e com a maior facilidade de demitir seriam abertos novos empregos. A verdade é que os exploradores ficarão livres de leis para fazer o que bem entender com nosso contrato de trabalho. Está aí por que a reforma trabalhista acaba com o contrato coletivo de trabalho e cria os contratos individualizados. Cada patrão poderá decidir sobre nossa jornada, nossos salários e nossos direitos. Hoje, nenhum patrão isolado pode violar a lei geral trabalhista. Com a reforma trabalhista, O ACORDADO PREVALECERÁ SOBRE O LEGISLADO. Isso quer dizer que os patrões e a direção do sindicato podem fazer um acordo que passa por cima de qualquer lei geral. Ficaremos inteiramente nas mãos dos exploradores e das direções sindicais corrompidas. Temos, portanto, de dizer: GREVE GERAL PARA ENTERRAR AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA.

O governo Temer e o Congresso Nacional ocultam a verdade. Os partidos da burguesia deram um golpe de Estado e derrubaram o governo de Dilma Rousseff. Disseram que foi para combater a corrupção, para moralizar o País e para cumprir as leis. Mentiram para o povo. Colocaram Temer na presidência para impor as malditas reformas e medidas: Lei do Teto, reforma do ensino médio, reforma da previdência, reforma trabalhista, lei que permite os capitalistas estrangeiros comprarem livremente terras no Brasil, lei que dá mais poder às multinacionais do petróleo, lei que entrega o sistema de aviação ao capital estrangeiro e avanços nas privatizações de aeroportos e portos.

O governo Temer e o Congresso Nacional escondem que a reforma da previdência serve para cortar gastos com a aposentadoria e, assim, economizar recursos para pagar juros aos banqueiros que sangram o Tesouro nacional. A gigantesca dívida pública é colocada acima das necessidades da população, acima dos salários, dos empregos, da aposentadoria, da saúde, da educação e da moradia. Basta não pagar a dívida pública para que o Tesouro economize o suficiente para atender as necessidades mais elementares dos explorados. Não por acaso, grandes empresas devem R$ 400 bilhões ao INSS e não pagam. Trabalhadores, o governo dos capitalistas só pode proteger os capitalistas. Por isso, descarregam a crise sobre nossos ombros. Na nossa greve geral, dizemos: NÃO VAMOS NOS SACRIFICAR PARA PAGAR A DÍVIDA PÚBLICA.

Estamos diante de um governo ditatorial, que juntamente com um Congresso Nacional corrupto, está impondo em tempo recorde mudanças antinacionais e antipopulares ao País e à maioria oprimida. Nem mesmo as centrais e sindicalistas que apoiaram o golpe foram ouvidos. As reformas estão sendo impingidas por cima da população, contra a vontade da maioria. Somente com uma GREVE POR TEMPO INDETERMINADO E COM GRANDES MANIFESTAÇÕES DERRUBAREMOS DEFININITIVAMENTE AS MALDITAS REFORMAS DE TEMER, DO CONGRESSO NACIONAL E DA BURGUESIA. Paramos o País no dia 28 e mostramos ao governo que unidos somos capazes de pôr em pé uma greve geral por tempo indeterminado. Não vamos permitir que a ditadura civil de Temer enfie garganta abaixo dos assalariados e dos camponeses pobres as reformas capitalistas! Não vamos permitir que o Congresso Nacional da oligarquia burguesa desgrace nossas vidas!

Não podemos nesta luta deixar de denunciar e rechaçar a chacina dos camponeses no Mato Grosso e o assassinato do líder do MST Silvino Nunes Gouveia em Minas Gerais. Os latifundiários, grileiros, madeireiros e garimpeiros são parte da burguesia. Continuam enfrentando os sem-terra com terror, chacinas e assassinatos de dirigentes do movimento. Viva a luta dos camponeses pela terra! Organizemos a aliança operária e camponesa! Lutemos para pôr abaixo o capitalismo bárbaro. Lutemos por um governo operário e camponês!

Toda força à greve geral!

Se o governo e o Congresso Nacional não nos atenderem e não pararem com as reformas, marchemos rumo à GREVE GERAL POR TEMPO INDETERMINADO.

Vamos parar o País e exigir das centrais sindicais e sindicatos seriedade e fidelidade absolutas com nossas reivindicações e com nosso movimento unitário.

Viva a luta unitária dos operários, dos camponeses, de todos explorados e da juventude, oprimidos pelo capitalismo que apodrece e nos leva à barbárie social.