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07 ago 2018
6 de agosto de 2018
A reforma trabalhista e a terceirização vêm sendo implantadas. Depois das eleições de outubro, o governo eleito retomará a reforma da previdência. As privatizações e desnacionalizações caminham aceleradamente. O desemprego e o subemprego continuam altos. Os salários vêm sendo rebaixados e, em especial, o salário mínimo achatado. Aumentou a miséria, cresceu o número de sem-teto. Cotidianamente, os explorados se deparam com o sistema de saúde decomposto. Permanece a situação de violência latifundiária contra os camponeses pobres. A classe média está arruinada pelo endividamento. Agigantou-se aopressão da polícia sobre a população dos bairros miseráveis. Os presídios já não suportam tantos presos. A juventude arca pesadamente com a barbárie do capitalismo apodrecido.
BASTA de brutal exploração do trabalho. BASTA de pobreza e miséria. BASTA deprivatizações, desnacionalizações e entreguismo. BASTA de suportar as consequências da barbárie social!
Os banqueiros ganharam muito com a crise. O agronegócio avançou ainda mais a concentração latifundiária. As multinacionais se protegeram demitindo e impondo os acordos de flexibilização capitalista do trabalho. Os empresários nacionais seguiram as multinacionais. O governo golpista, o Congresso Nacional e as demais instituições do Estado impuseram as reformas anti-nacionais e antipopulares às massas e ao País. A dívida pública deu um salto à frente. A carga de juros e amortizações consome grande parte do orçamento.
BASTA de dívida pública. BASTA de pagar bilhões aos saqueadores do Tesouro Nacional. BASTA de domínio do capital financeiro sobre a política econômica. BASTA de sacrificar a economia nacional e a vida dos explorados, para sustentar os parasitas. BASTA de flexibilização capitalista do trabalho!
O capital imperialista aproveita a crise para penetrar maisfundo na economia nacional. A política de desestatização, de abertura de mercado e de venda dos ativos internos empobrece o Brasil e enriquece as metrópoles. As pressões dos Estados Unidos para que o governo brasileiro siga suas diretrizes para a América Latina subordinam ainda mais o País à ordem imperialista. A sujeição à guerra comercial de Trump sacrificará brutalmente as forças produtivas nacionais.
BASTA de sujeitar o Brasil aos ditames do imperialismo. BASTA de apoiar a ingerência dos Estados Unidos na América Latina!
O golpe de Estado, que derrubou o governo de Dilma Rousseff, instalou uma ditadura civil. Essa foi a via encontrada pela frente burguesa antidemocrática e pró-imperialista para impor a política econômica e as medidas antin-acionais e antipopulares. Prometeu crescimento e fim do desemprego. O contrário vem ocorrendo. A ditadura civil tornou apolítica econômica e as diretrizes exteriores mais submissas aos Estados Unidos. O golpe e o plano econômico do governo usurpador evidenciaram o caráter oligárquico e irreformável da democracia burguesa.
BASTA de golpe de Estado. Basta de ilusão na democracia oligárquica!
A transição da ditadura civil está chegando ao fim. Preparam-se as eleições antidemocráticas. Os explorados estão sendo chamados a a poiar as candidaturas dos partidos burgueses. O dinheiro, os meios de comunicação monopolistas, a movimentação das entidades patronais e as mentiras passam a ditar as eleições. A prisão deLula e cassação de seu mandato são parte do golpe de Estado e das eleições antidemocráticas. As arbitrariedades da justiça burguesa refletem a composição de forças no interior do Estado burguês e da democracia oligárquica.
BASTA de eleições antidemocráticas. BASTA de enganação do povo! BASTA de mentiras sobre a soberania popular. BASTA de ocultar o caráter de classe da democracia oligárquica irreformável. BASTA de arbitrariedades judiciais. BASTA de eleitoralismo!
Somente pela organização da classe operária por meio de seu programa e de seus métodos próprios de luta, é possível um verdadeiro BASTA. Chega de faz de conta! Chega de conciliação de classes! Chega de colaboração com a ditadura civil deTemer!
Por um verdadeiro BASTA. Retomar a greve geral de 28 de abril do ano passado. Atualizar a luta, partindo do combate à implantação da reforma trabalhista, da lei da terceirização, do desemprego, do subemprego e do esmagamento salarial.
Por um verdadeiro BASTA. Lutemos pelo fim das reformas anti-nacionais e antipopulares. Pelo salário mínimo vital. Pela redução da jornada de trabalho, sem reduzir os salários (escala móvel das horas de trabalho). Nacionalização das terras em favor dos camponeses pobres. Por um sistema único de aposentadoria estatal e de acordo com as necessidades dos trabalhadores.
Por um verdadeiro BASTA. Não pagamento da dívida pública. Reestatização das empresas privatizadas, sob o controle operário. Fim da entrega da Embraer a Boeing. Não à privatização da Petrobras e Eletrobras. Total nacionalização das fontes dematérias-primas.
Por um verdadeiro BASTA. Convocar assembleias em todos os sindicatos e movimentos populares e estudantis. Constituir os comitês de base em todo o País. Erguer as reivindicações que unificam a maioria oprimida. Organizar a frente única anti-imperialista, sob o programa e direção da classe operária.
Por um verdadeiro BASTA. Dirigir nossa luta contra o capitalismo apodrecido. Enfrentar a barbárie social. Estabelecer a aliança operário-camponesa. Trabalhar pelo programa de expropriação da grande propriedade privada dos meios de produção e por sua transformação em propriedade social, socialista. Vincular as reivindicações mais elementares à estratégia própria de poder da classe operária, que é o governo operário e camponês, ditadura do proletariado