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06 jan 2020
Derrubar o aumento das tarifas nas ruas!
Unificar a juventude explorada com os trabalhadores contra o aumento do custo de vida, em defesa dos empregos, salários e direitos!
6 de janeiro de 2019
Mais uma vez, a prefeitura e o governo aumentaram as tarifas dos transportes, desta vez, de R$ 4,30 para R$ 4,40, na cidade de São Paulo. Procuram naturalizar o aumento anual do preço da passagem, quando isso nada tem de natural. O prefeito Bruno Covas (PSDB) argumenta que o aumento foi menor que a inflação, mas esconde que o aumento do ano passado foi o dobro da inflação, e que o valor arrecadado com as passagens esteve acima do valor da concessão, ou seja, as empresas do setor lucraram muito. Contraditoriamente ao aumento, a prefeitura inclui na concessão a “racionalização para redução de custos”, o que significa cortar linhas e trechos de linha. Ou seja, vamos pagar mais caro por um transporte ainda pior.
O aumento da tarifa dos transportes faz parte do aumento do custo de vida. Segundo o IBGE, o gasto médio das famílias com transporte, em 2018, ultrapassou o gasto com alimentação, ficando atrás somente dos gastos com moradia. Esse quadro tende a se agravar, devido à diminuição do valor médio dos salários e o aumento da informalidade. Mesmo diante de tal situação, a prefeitura de São Paulo vai diminuir o subsídio em R$ 700 milhões (manterá ainda mais R$ 2 bilhões) e repassar, na prática, o pagamento dessa diferença para os explorados, com o aumento da passagem. Essa é a lógica capitalista de garantir a lucratividade dos capitalistas dos transportes, à custa dos trabalhadores.
O aumento da tarifa está inserido no conjunto de ataques que vêm sendo despejados sobre a classe operária e demais oprimidos, para garantir o lucro dos capitalistas em meio à crise econômica. A aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, a lei da terceirização e uma série de outras medidas de retirada de direitos dos explorados servem a esse propósito. Por isso, devemos lutar contra essas medidas de conjunto.
A experiência das lutas, em especial a de 2013, demonstrou que somente nas ruas é que poderemos reverter o aumento. Mas, demonstrou também que limitar a luta à reivindicação contra o aumento poderá significar simplesmente a postergação dele. Devemos reivindicar o passe livre para estudantes e desempregados, ao mesmo tempo em que lutamos em defesa dos salários e empregos. É necessário impulsionar o movimento geral, contra os governos e capitalistas, em defesa das nossas condições de vida, dos nossos direitos e dos empregos. Por isso levantemos as bandeiras:
– Passe livre aos estudantes e desempregados!
– Estatização sem indenização de toda rede de transporte, sob controle dos trabalhadores!
– Por um salário mínimo vital, calculado pelas assembleias, com um valor que cubra as necessidades do trabalhador e sua família;
– Pelo reajuste automático dos salários, de acordo com a alta do custo de vida;
– Contra o desemprego, defendamos a escala móvel das horas de trabalho;
– Estabilidade no emprego para todos;
– Revogação imediata das reformas trabalhista e previdenciária!