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10 abr 2025
Retomada da carnificina na Faixa de Gaza
Pelo fim imediato dos bombardeios e retirada das tropas israelenses do território palestino!
Acordo de cessar-fogo ditado por Trump resultou em uma armadilha à resistência palestina
1.482 palestinos foram mortos desde a quebra do cessar-fogo
50.846 palestinos tiveram suas vidas arrancadas pelos bombardeios israelenses
70% são mulheres e crianças
19 mil crianças foram trucidadas pelo Estado sionista
Milhões de famílias palestinas são deslocadas
Demolição das cidades, transformadas em escombros
Imposição da fome, doença e mutilação pela guerra sionista
O povo palestino é massacrado por defender o direito à autodeterminação
O Estado sionista de Israel e os Estados Unidos recorrem à barbárie para anexar a Faixa de Gaza
Os trabalhadores e a juventude oprimida brasileira e de todo o mundo têm o dever revolucionário de lutar pelo fim imediato da intervenção militar de Israel-Estados Unidos na Faixa de Gaza. Têm o dever de lutar pela expulsão das forças israelitas e dos colonos sionistas da Cisjordânia. Têm o dever de defender que os palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia se unam em uma só força sob a bandeira da autodeterminação. Têm o dever de denunciar a traição dos governos árabes, que se acham submetidos aos Estados Unidos e que são coniventes com o massacre perpetrado pela burguesia israelense e pelo imperialismo. Têm o dever de se colocar pela unidade dos povos oprimidos do Oriente Médio contra o domínio dos Estados Unidos e a militarização dos conflitos entre as nacionalidades. Têm o dever de lutar pelo fim dos ataques de Israel ao Líbano, Síria e Iêmen. Têm o dever de defender o Irã contra a guerra que Trump e Netanyahu ameaçam desfechar.
Somente a classe operária, os trabalhadores em geral e os povos oprimidos podem enfrentar a ofensiva militarista do imperialismo e impedir que a Faixa de Gaza seja anexada a Israel e colocada sob o controle dos Estados Unidos. Lutemos com todas as nossas capacidades pelo direito à autodeterminação do povo palestino e pela libertação das nações oprimidas do Oriente Médio do jugo dos Estados Unidos e potências aliadas.
Somente por meio da luta de classes e da organização independente dos explorados diante de qualquer variante da política burguesa, é possível combater e conter a ofensiva militarista dos Estados Unidos e aliados no Oriente Médio e em todo o mundo. Lutemos com nosso próprio programa anticapitalista, anti-imperialista e socialista.
Somente empunhando o internacionalismo proletário e socialista, os explorados podem se unir e se tornar uma poderosa força social para combater a barbárie que emerge do capitalismo em decomposição e abrir um caminho de progresso e paz entre os povos. Não há outro meio de derrotar o imperialismo e toda a reação burguesa a não ser pela luta direta das massas em todo o país e em todo o mundo.
Trabalhadores e juventude oprimida, a retomada da matança na Faixa de Gaza, os bombardeios no Líbano, na Síria e no Iêmen, bem como a ameaça de guerra dos Estados Unidos e Israel contra o Irã, ocorrem em um momento de recrudescimento da crise mundial, causado pela política econômica, militar e geoestratégica do governo Trump. Ao mesmo tempo que planeja expulsar os palestinos da Faixa de Gaza, pretende anexar a Groelândia e o canal do Panamá. Trump apresentou um plano de paz imperialista para a guerra na Ucrânia, que implica partilha, anexação e saque. Decretou as tarifas protecionistas que abrangem boa parte das economias. Dirige a guerra comercial contra a China com uma contundência típica de uma potência que se prepara a uma guerra bélica. A própria burguesia mundial se mostra atordoada e confusa quanto à perspectiva dos conflitos que estão em andamento e os que vêm se gestando.
Nossa luta pelo fim imediato da intervenção sionista de Israel na Faixa de Gaza, como se vê, faz parte de uma luta mais geral contra a dominação imperialista, que tem como pilar os Estados Unidos. Está claro que a organização de um movimento anti-imperialista é um imperativo urgente. É com essa arma que os explorados se unirão e se organizarão no campo da independência política, rechaçando a influência das direções sindicais e dos partidos que traem a causa dos trabalhadores.
Trabalhadores e juventude oprimida, a intervenção militar de Israel em outubro de 2023 logo se revelou estratégica. Isso por que expressou e expressa as tendências gerais da crise capitalista mundial. Eis por que tanto Biden quanto Trump se valem dos israelenses e dos palestinos para projetar e reforçar a sua dominação no Oriente Médio, que foi estabelecida após a Segunda Guerra Mundial. Está mais do que confirmado que Israel foi constituído por um decreto da ONU em 1948 para servir de enclave do imperialismo norte-americano no Oriente Médio, em substituição ao imperialismo inglês e francês, vencedores da Primeira Guerra. Essa condição histórica explica por que são 77 anos de guerra dos sionistas para se apossar integralmente da Palestina. O genocídio que é a forma atual da invasão da Faixa de Gaza e seu vínculo com outras nações do Oriente Médio é tão somente o ponto alto da implantação do Estado de Israel pela via das forças econômicas e militares do imperialismo. É contra essa força histórica opressora que os palestinos da Faixa de Gaza heroicamente se batem e resistem em defesa de sua nacionalidade.
Trabalhadores e juventude oprimida, o Partido Operário Revolucionário, sessão do Comitê de Enlace pela Reconstrução da IV Internacional (CERQUI) tem dedicado suas forças em defesa da existência do povo palestino e de sua autodeterminação. Baseia-se na sucessão de choques e guerras, que evidenciam o caráter bárbaro do Estado sionista, cuja existência não dependeu de uma real necessidade do povo judeu, mas sim da necessidade do imperialismo.
Os acontecimentos, ao longo do tempo, mostram que a derrota do sionismo será uma derrota do imperialismo norte-americano e europeu. Essa constatação é, portanto, de ordem histórica. O que implica reconhecer que a emancipação dos palestinos e seu direito à autodeterminação serão realizados no combate do proletariado e da maioria oprimida no curso da luta de classes, que leva às revoluções socialistas. A crise de direção é profunda. Essa é a razão pela qual o fator objetivo histórico parece distante, quando está mais do que perto e amadurecido.
Trabalhadores e juventude oprimida, o POR e o CERQUI lutam pelo fim do genocídio, pela derrota do imperialismo e pela autodeterminação do povo palestino, sob o programa e a estratégia dos Estados Unidos Socialistas do Oriente Médio. É nesse marco que emerge o combate proletário Por uma República Socialista da Palestina! Essa conquista do futuro deita suas raízes no presente da luta pela integridade territorial da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. O sofrimento dos palestinos de Gaza não será em vão, se os explorados do Oriente Médio e de todo o mundo se unirem para combater no terreno da luta de classes o bárbaro imperialismo e o capitalismo em decomposição.
Trabalhadores e juventude oprimida, o POR tem consciência de que há um caminho pedregoso e espinhoso a percorrer. A situação convulsiva no Oriente Médio se agravará ainda mais com o objetivo dos Estados Unidos de esmagar o Irã. A situação convulsiva na Europa está ganhando nova dimensão com a impossibilidade de se estabelecer um paz sem anexação na Ucrânia e pelo fim do cerco militar da OTAN à Rússia. A situação convulsiva na Ásia está prestes ganhar força com as medidas econômicas de Trump contra a China. Tomados de conjunto, a classe operária e os trabalhadores em geral poderão ter a dimensão dos combates que o mundo tem pela frente. É preciso ter clareza, vontade política e coragem revolucionária para trabalhar sob a estratégia da revolução social, que por seu conteúdo de classe é proletária e por seu conteúdo histórico, socialista e internacionalista.
Trabalhadores e juventude oprimida, está nas mãos dos explorados a luta contra a barbárie que avança. Está nas mãos dos explorados libertar-se das direções sindicais e políticas, colaboracionistas e traidoras, que acabam se curvando diante das burguesias e do imperialismo. Está nas mãos dos explorados superar a crise direção, fortalecendo o partido revolucionário e impulsionando a reconstrução do Partido Mundial da Revolução Socialista, a IV Internacional.
Toda força à luta contra o genocídio do povo palestino!
Toda força pela derrota da política de dominação sionista e imperialista!
Toda força à luta pela autodeterminação do povo palestino!
Toda força ao objetivo histórico de uma República Socialista da Palestina!